O Flash Crash de 2015 foi um evento marcante na história dos mercados financeiros em todo o mundo. Durante 36 minutos, no dia 6 de maio de 2015, os índices de ações norte-americanos caíram drasticamente antes de se recuperarem quase tão rapidamente quanto haviam caído. Esse fenômeno foi chamado de Flash Crash, e suas causas são discutidas até hoje.

Desde o início do comércio eletrônico de ações na década de 1990, os algoritmos de negociação se tornaram cada vez mais complexos e poderosos. Eles foram projetados para executar transações em grande escala em milissegundos, respondendo instantaneamente a mudanças no mercado. No entanto, em alguns casos, esses algoritmos podem levar a quedas repentinas no mercado, como o Flash Crash de 2015.

Naquele dia, um algoritmo de negociação pertencente a uma empresa de investimentos de Chicago começou a vender futuros mini-S&P 500 em quantidades massivas. Essas vendas foram executadas tão rapidamente que ultrapassaram a capacidade do mercado de absorver as ofertas, o que levou a uma queda de 5% naquele índice. O efeito dominó se espalhou por outros mercados e, em pouco tempo, várias ações já tinham perdido seus valores em uma queda em simetria com o índice. A queda abrupta refletiu os problemas com a crescente dependência dos mercados financeiros dos robôs de negociação automatizados.

No entanto, em questão de minutos, o mercado se recuperou tão rapidamente quanto havia caído, sem nenhuma razão óbvia. Observadores do mercado financeiro logo atribuíram a recuperação a um fator externo - uma preocupação crescente do Federal Reserve em torno de suas políticas monetárias em curso, o que contribuiu para minimizar os danos causados ​​pelo Flash Crash.

O Flash Crash de 2015 destacou os perigos da crescente dependência dos investimentos automatizados em algoritmos. Com isso, evidenciou-se as falhas em sistemas que dependem de uma grande quantidade de informação que nem sempre está disponível. Além disso, houve uma desconfiança geral em torno dos robôs de negociação e dos mercados financeiros como um todo. Vários especialistas começaram a falar sobre a necessidade de regulamentação mais rigorosa para evitar futuros flash crashes e outras catástrofes similares.

Após o Flash Crash de 2015, os reguladores do mercado americano começaram a tomar medidas para limitar o uso de algoritmos sofisticados. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) divulgou um relatório que apoiava a revisão das práticas de negociação eletrônica. A SEC também introduziu novos regulamentos para exigir que as empresas de investimento implementassem mecanismos que limitam o risco de negociação excessiva devido a erros em algoritmos.

Em conclusão, o Flash Crash de 2015 foi um acontecimento que deixou marcas no mercado financeiro global. Ficou evidente, mais uma vez, como a dependência dos robôs de negociação automatizados pode ser perigosa para a estabilidade do mercado financeiro. Autoridades regulatórias vêm implementando novas medidas para impedir erros em algoritmos e simplesmente garantir a estabilidade do mercado, enquanto a indústria de investimentos lida com as falhas do passado e se prepara para o futuro.